24 de novembro de 2006

Militares portugueses partem para o Líbano/Portuguese military force goes to Lebanon


O último grupo de 123 militares que irá integrar a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL website here) partiu esta madrugada para Beirute, completando o envio para o terreno do contingente de 141 militares portugueses. O voo civil, fretado pelas Nações Unidas, partiu pouco depois da meia-noite do aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa.


O primeiro grupo de 12 militares portugueses partiu no dia 1 de Novembro em voo comercial com destino a Beirute.


No dia 3, seis outros militares viajaram para o Líbano, acompanhando o equipamento necessário ao trabalho do grupo avançado, que seguiu num avião de transporte Antonov An-124 fretado pelas Nações Unidas para o efeito.


O equipamento pesado de engenharia (tractores, escavadoras, gruas, niveladoras, cilindros, entre outros) seguiu por via marítima no dia 15 de Novembro, em navio que largou do porto de Setúbal.


Os militares nacionais ficarão aquartelados na localidade de Shama, seis quilómetros a nordeste da cidade de Naqoura, onde se situa o quartel-general da FINUL.


De acordo com informações do Exército, a principal missão do contingente português será a construção horizontal - reparação e manutenção de itinerários, aeroportos e heliportos, trabalhos de escavação, aterro, nivelamento e compactação de terrenos e trabalhos de drenagem.


Os militares portugueses poderão, no entanto, ser chamados a desempenhar outro tipo de tarefas, como a construção de acantonamentos, instalações e bases logísticas da FINUL, reabilitação de edifícios, montagem de estruturas pré-fabricadas ou o fornecimento e distribuição de energia eléctrica.


O contingente nacional, que deverá permanecer no terreno por um período de seis meses (que, provavelmente, será renovado), vai ficar na dependência directa do comandante da força das Nações Unidas (UN website here) no Sul do Líbano (FINUL), o general francês Alain Pelligrini.


A missão das tropas nacionais tem um custo de 9,3 milhões de euros, 2,4 dos quais suportados pelo Estado português e os restantes pelas Nações Unidas. As despesas com material e equipamento (770.952 euros) são as mais elevadas. Segundo o Governo, serão gastos 349 mil euros em material de comunicações e informática, 60 mil em transportes, 90 mil euros em material de engenharia, 188 mil em material de intendências e 56 mil em equipamento de saúde.